Tuesday, February 14, 2006


Fui ao tempo e à memória retirar este momento de um Janeiro chuvoso. Ali, naquele espaço, podemos evocar um ser humano ímpar. E percorrer o futuro sempre com o seu exemplo.

Laranjeiro, 18 de Janeiro de 2003

HOMENAGEM A LUÍS SÁ[1]
(Militante, Deputado e destacado Dirigente do PCP)

Estarmos aqui, hoje, presentes nesta homenagem a Luís Sá, destacado militante, deputado e dirigente do PCP, é afirmar de viva voz que a memória colectiva sobre a vida e a obra desta personalidade não pode ser votada ao esquecimento.
Assinalamos e reconhecemos o seu percurso como homem e cidadão, na procura da verdade, na opção por valores, pelo exemplo de coragem e paixão pela vida.
Por tudo quanto sabemos sobre Luís Sá, a dedicação, o empenho, a inquietude, o sonho, e pelo sonho a abertura da realidade, foram palavras que soube cultivar ao ponto de personificar a espiga da esperança num campo de valores como a solidariedade, a igualdade, a fraternidade e a justiça social. Podemos afirmar que eram princípios tão interiorizados e praticados que ainda resistem, mesmo após o seu desaparecimento físico num final de tarde em plena Sede do Partido quando aí se encontrava a trabalhar em prol das populações, dos trabalhadores e do Poder Local Democrático.
Luís Sá, como homem e cidadão a tempo inteiro foi exímio na sua caminhada política, na qual deixou provas através dos diferentes cargos desempenhados ao serviço do povo.
Como político reconhecidamente consagrado, soube regressar à grande casa da inteligência, a universidade, onde exerceu as suas competências de aluno e, posteriormente, de professor, sempre com a mesma dedicação com que se empenhou na política, e como testemunho desta caminhada deixou-nos duas brilhantes teses merecidamente publicadas.
Tudo quanto se diga sobre esta importante figura da história do PCP de forma a enaltecer aquilo que ele representa em termos humanos e políticos não será demais para tão distinta personalidade. Por isso, entendemos justa e merecida esta homenagem e atribuição do seu nome a este espaço de todos nós, para que a memória colectiva de que falávamos no início perpetue.
Daí, a nossa atitude perante Luís Sá, onde quer que ele esteja, ser de admiração, respeito e saudade. Sempre!

[1] Texto lido pelo Sr. Joaquim Avó, Presidente da Direcção da Alma Alentejana, no dia em que a Câmara Municipal de Almada descerrou o memorial a esta personalidade marcante da vida democrática portuguesa
Foto: Câmara Municipal de Almada

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